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-====Transformatório Ubatuba====+[[transformatorio:transformatorio|Transformatório]]
  
-==Introdução==+====Rede de Transformatórios de Ubatuba====
  
-Definir transformação de matéria.+Projeto em construção. Volte mais tarde para a versão completa.
  
-==Objetivo==+(veja também o projeto [[Tramas]]).
  
-O projeto terá duas frentes de atuação:+==Resumo==
  
-* Ativação da rede de Transformatórios em Ubatuba; +O projeto Rede de Transformatórios de Ubatuba promoverá uma articulação dinâmica entre quatro áreas de atuação: a cultura //maker//; as adaptações, customizações e consertos; as práticas sustentáveis e coletivas em escala humana; e por fim aqueles ofícios ligados à produção artesanal, sob medida e/ou em pequenas quantidades. Entende-se que estes quatro campos compartilham diversos elementos, dentre os quais o fundamental é operarem em torno da transformação de matéria. O projeto utiliza assim a imagem de Transformatório - laboratório ou oficina dedicados à transformação de matéria - como unidade de articulação. A rede não se daria a partir da criação de Transformatórios, mas pelo contrário com o reconhecimento de espaços já em atividade como potenciais Transformatórios em rede. 
-* Estabelecimento do Transformatório Ubalab - nó da rede de Transformatórios dedicado a pesquisa, ativação de rede, comunicação e ferramentas digitais.+ 
 +Propõe-se que esta aproximação tem o potencial de trabalhar questões de identidade coletiva, representatividade social e política, formação profissional e interlocução entre setores, e apontar caminhos para a construção de alternativas para um desenvolvimento socioeconômico sustentável, includente e inovador para a cidade de Ubatuba. Imagina-se que este modelo de articulação em rede pode também ser replicado em outras localidades. 
 + 
 +==Objetivos== 
 + 
 +O projeto terá três frentes de atuação complementares: 
 + 
 +  * Ativação da rede de Transformatórios, espaços dedicados à transformação da matéria, em Ubatuba; 
 +  * Estabelecimento do Transformatório Ubalab - nó da rede de Transformatórios dedicado a pesquisa, ativação de rede, comunicação e ferramentas digitais de comunicação; 
 +  * Um esforço continuado de produção e disponibilização (via web, pequenas publicações impressas e rádio) de conteúdo conceitual, técnico e organizativo a respeito dos Transformatórios e sua atuação. 
 + 
 +As três frentes implicam diferentes ênfases de um mesmo contexto. Respectivamente, a rede ampla, o nodo particular e o campo comum que os conecta. São camadas cujas ações nem sempre serão claramente distintas. Ainda assim, guardam relativa autonomia em termos de modos de atuar, equipe e parcerias, equipamentos e materiais, e mesmo vocabulário e referências.
  
 ==Justificativa== ==Justificativa==
  
-==Metodologia==+O projeto Rede de Transformatórios propõe a articulação entre quatro grupos de atividades no território de Ubatuba: as tecnologias de fabricação digital; as adaptações, customizações e consertos de diversos tipos de objetos; as práticas de sustentabilidade na construção, produção de alimentos e outras áreas; e todos aqueles ofícios ligados à produção artesanal e/ou em pequena escala. Entende-se que estes quatro campos amplos compartilham elementos importantes entre si. Em particular, o fato de lidarem essencialmente com a transformação de matéria. Estão representados, por exemplo:
  
- um mapeamento de indivíduosgrupos espaços em Ubatuba dedicados à transformação de matéria em campos como a produção artesanal e/ou em pequena escalaos consertosas adaptaçõesa personalizaçãobem como as técnicas sustentáveis de construção produção de alimentos +  Nos saberes - recentesestabelecidos ou ancestrais - ligados à manufatura, à adaptação e à personalização de objetos como brinquedoslouçajoias e adereçosroupaspeças de decoração, móveis afins; 
 +  * Nas oficinas e nos profissionais dedicados aos consertos: de panelas, sapatos, relógios, telefones celulares, bicicletas, entre outros; 
 +  * Na cultura //hacker// //maker// do software livre e do hardware livre; 
 +  * Nas artes adaptáveis dos mestres serralheiros, marceneiros, torneiros, pedreiros e outros; 
 +  * Na coleta, triagem e reuso de material descartado; 
 +  * Na permacultura, no design sustentável, em iniciativas de economia solidária, na agroecologia, no slow food, entre outros.
  
 +Identificando o que há de comum nesta ampla gama de atividades, o projeto tratará em primeiro lugar de promover um esforço de intercâmbio entre os diversos atores relacionados. Técnicas, ferramentas, macetes, gestão, habilidades manuais e visões de mundo serão colocados em contato e em perspectiva. Em seguida, será iniciada a construção da rede de Transformatórios, através da qual os diversos indivíduos, coletivos, empresas, ONGs e outras instituições poderão trocar ou emprestar produtos, ferramentas, tempo de uso de instalações e equipamentos, saberes. Cada nodo desta rede será considerado um Transformatório em particular, com respeito a suas próprias características e desejo de engajamento. Os participantes da rede serão estimulados a atuar: 1) na experimentação com diferentes ofícios, saberes e linguagens; 2) na educação entre pares e em exercícios concretos de criatividade aplicada, cooperação e representação política.
  
 +A intenção que perpassa o projeto é incidir sobre situações de impasse que a cidade historicamente enfrenta: a tensão entre preservação e crescimento econômico, a baixa valorização dos saberes e culturas tradicionais, a evasão de jovens talentos por falta de opções, a desconexão entre os setores criativos e científicos e a sociedade local. Propõe-se que estão presentes no território elementos que bem articulados poderiam resultar na criação de alternativas para desenvolvimento socioeconômico que respondessem de maneira criativa a estas questões. Ao contrário de boa parte da história da sociedade industrial, entretanto, colocam-se como preocupações centrais a sustentabilidade socioambiental, a relevância social da inovação, a diversidade cultural, além de pensar uma educação interdisciplinar inclusiva, autônoma e engajada. Pretende-se promover uma prática crítica e produtiva, que entenda a inovação não como domínio exclusivo dos //designers// industriais, mas pelo contrário como exercício cotidiano de criatividade aplicada e da capacidade de mudar o mundo a partir de pequenos atos.
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 +==Metodologia==
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 +O projeto será desenvolvido a partir dos seguintes eixos:
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 +  * Mapeamento continuado de grupos, indivíduos e espaços em Ubatuba dedicados à transformação de matéria em campos como a produção artesanal e/ou em pequena escala, os consertos, as adaptações, a personalização, bem como as técnicas sustentáveis de construção e de produção de alimentos.
 +  * Estratégia de ativação da Rede de Transformatórios de Ubatuba, promovendo a troca de experiências entre diferentes áreas com encontros periódicos - reuniões e oficinas - abertos a todos os interessados.
 +  * Esforço continuado de pesquisa e produção de conteúdo relevante para a rede de Transformatórios - seja documentando práticas tradicionais e presentes no território, seja referenciando material disponível em outras partes. Em alguns casos, este eixo vai também traduzir guias, tutoriais, manuais e outros cuja importância seja identificada.
 +  * Desenvolvimento do Transformatório Ubalab, responsável pelas seguintes atividades:
 +    * Comunicação: entre Transformatórios locais, com outras iniciativas no Brasil e mundo, para público geral em Ubatuba.
 +    * Organização de eventos nacionais e internacionais.
 +    * Articulação de parcerias locais, nacionais e internacionais.
 +    * Organização de cursos livres de transformação de matéria.
  
 ==Cronograma== ==Cronograma==
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 +Previsão de 24 meses de atividades.
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 +  * Primeira versão do mapeamento: M1 a M6
 +  * Encontro local de apresentação da rede de Transformatórios: M3
 +  * Produção de conteúdo (web, impressa, rádio): M3 a M22
 +  * Reuniões locais mensais: a partir do M2 até M24
 +  * Oficinas locais mensais: a partir do M4 até M8
 +  * Encontro nacional de transformatórios: M9
 +  * Encontro local de avaliação intermediária: M11
 +  * Cursos livres de transformação de matéria: M13 a M22
 +  * Festival Internacional de Transformatórios: M15
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 +==Proponentes==
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 +  * Felipe Fonseca reside em Ubatuba desde 2008. É assistente de pesquisa no projeto Ciência Aberta Ubatuba, coordenado pelo IBICT (2015-2016). Organizou em Ubatuba o Encontrão Hipertropical de Metareciclagem (2012) e os festivais Tropixel (2013-2015). É representante de cultura urbana e digital (eleito em 2015) no Conselho Municipal de Políticas Culturais. Criou em 2009 o Ubalab, núcleo de cultura digital experimental. Faz parte da comissão independente que construiu a minuta do Sistema Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação de Ubatuba. Faz parte da direção da Associação Gaivota e colabora eventualmente com a rádio comunitária Gaivota FM. Publicou os livros "Laboratórios do Pós-digital" e "Gambiarra: Repair Culture".
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 +==Rede de possíveis parceiros==
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 +  * Locais
 +    * Prefeitura Municipal de Ubatuba
 +    * Escola Técnica Tancredo Neves (cursos técnicos de TI, administração e meio ambiente)
 +    * Escola Técnica Centro Paula Souza (curso técnico de TI)
 +    * Conselho Municipal de Políticas Culturais (setoriais de cultura urbana e digital, artesanato e comunidades tradicionais)
 +    * Comissão Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação
 +    * Associação de Comércio e Indústria de Ubatuba
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 +  * Nacionais
 +    * 3eco
 +    * Gypsylab 8
 +    * Red Bull Basement
 +    * Garoa Hacker Clube
 +    * Café Reparo
 +    * Olabi
 +    * Instituto Procomum
 +    * IBICT
 +    * UNIFESP
 +    * UFRB
 +    * UFBA
 +  * Internacional
 +    * Rede Bricolabs
 +    * Ping e Plateforme C, em Nantes
 +    * Makers, em Sheffield
 +    * Medialab Prado, em Madri
 +    * Future Everything, em Manchester
 +    * Hangar, em Barcelona
 +    * Pixelache, em Helsinque
 +    * DCRL, em Luneburgo
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 +~~DISQUS~~
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