Projeto em construção. Volte mais tarde para a versão completa.
(veja também o projeto Tramas).
O projeto Rede de Transformatórios de Ubatuba promoverá uma articulação dinâmica entre quatro áreas de atuação: a cultura maker; as adaptações, customizações e consertos; as práticas sustentáveis e coletivas em escala humana; e por fim aqueles ofícios ligados à produção artesanal, sob medida e/ou em pequenas quantidades. Entende-se que estes quatro campos compartilham diversos elementos, dentre os quais o fundamental é operarem em torno da transformação de matéria. O projeto utiliza assim a imagem de Transformatório - laboratório ou oficina dedicados à transformação de matéria - como unidade de articulação. A rede não se daria a partir da criação de Transformatórios, mas pelo contrário com o reconhecimento de espaços já em atividade como potenciais Transformatórios em rede.
Propõe-se que esta aproximação tem o potencial de trabalhar questões de identidade coletiva, representatividade social e política, formação profissional e interlocução entre setores, e apontar caminhos para a construção de alternativas para um desenvolvimento socioeconômico sustentável, includente e inovador para a cidade de Ubatuba. Imagina-se que este modelo de articulação em rede pode também ser replicado em outras localidades.
O projeto terá três frentes de atuação complementares:
As três frentes implicam diferentes ênfases de um mesmo contexto. Respectivamente, a rede ampla, o nodo particular e o campo comum que os conecta. São camadas cujas ações nem sempre serão claramente distintas. Ainda assim, guardam relativa autonomia em termos de modos de atuar, equipe e parcerias, equipamentos e materiais, e mesmo vocabulário e referências.
O projeto Rede de Transformatórios propõe a articulação entre quatro grupos de atividades no território de Ubatuba: as tecnologias de fabricação digital; as adaptações, customizações e consertos de diversos tipos de objetos; as práticas de sustentabilidade na construção, produção de alimentos e outras áreas; e todos aqueles ofícios ligados à produção artesanal e/ou em pequena escala. Entende-se que estes quatro campos amplos compartilham elementos importantes entre si. Em particular, o fato de lidarem essencialmente com a transformação de matéria. Estão representados, por exemplo:
Identificando o que há de comum nesta ampla gama de atividades, o projeto tratará em primeiro lugar de promover um esforço de intercâmbio entre os diversos atores relacionados. Técnicas, ferramentas, macetes, gestão, habilidades manuais e visões de mundo serão colocados em contato e em perspectiva. Em seguida, será iniciada a construção da rede de Transformatórios, através da qual os diversos indivíduos, coletivos, empresas, ONGs e outras instituições poderão trocar ou emprestar produtos, ferramentas, tempo de uso de instalações e equipamentos, saberes. Cada nodo desta rede será considerado um Transformatório em particular, com respeito a suas próprias características e desejo de engajamento. Os participantes da rede serão estimulados a atuar: 1) na experimentação com diferentes ofícios, saberes e linguagens; 2) na educação entre pares e em exercícios concretos de criatividade aplicada, cooperação e representação política.
A intenção que perpassa o projeto é incidir sobre situações de impasse que a cidade historicamente enfrenta: a tensão entre preservação e crescimento econômico, a baixa valorização dos saberes e culturas tradicionais, a evasão de jovens talentos por falta de opções, a desconexão entre os setores criativos e científicos e a sociedade local. Propõe-se que estão presentes no território elementos que bem articulados poderiam resultar na criação de alternativas para desenvolvimento socioeconômico que respondessem de maneira criativa a estas questões. Ao contrário de boa parte da história da sociedade industrial, entretanto, colocam-se como preocupações centrais a sustentabilidade socioambiental, a relevância social da inovação, a diversidade cultural, além de pensar uma educação interdisciplinar inclusiva, autônoma e engajada. Pretende-se promover uma prática crítica e produtiva, que entenda a inovação não como domínio exclusivo dos designers industriais, mas pelo contrário como exercício cotidiano de criatividade aplicada e da capacidade de mudar o mundo a partir de pequenos atos.
O projeto será desenvolvido a partir dos seguintes eixos:
Previsão de 24 meses de atividades.
~~DISQUS~~