Quartas-feiras, das 16h às 18h.

Contribuição: R$ 30 por participante a cada encontro semanal.

Proposta por P.

Biólogo formado, decidiu se dedicar ao mundo das artes logo após o término da faculdade de Ciências Biológicas. Permeou por várias vertentes desse mundo passando pela dança, performance e happenings, modelo vivo, fotografia e teve como base mais sólida a pintura, mais especificamente o graffiti. Conta também com quinze anos de experiências em montagens de eventos como Bienal de arte contemporânea de São Paulo, SP arte, Arte Rio e exposições diversas nas galerias e museus de São Paulo, assim como assistências diretas com artistas. Com a pintura teve a oportunidade de colorir muitas paredes pelo Brasil e países como Portugal, Alemanha, Holanda e Austrália.

A música e instrumentos sempre foram elementos presentes em sua vida graças à habilidade específica nata e grande incentivo de seus pais, mas não ousou em colocá-la no meio profissional, talvez pela manutenção de sua essência.

Hoje acredita no poder de transformação pessoal, social e humanitário através da arte-educação, tendo como intenção o despertar do potencial artístico individual e coletivo, para que se enxergue a vida como arte, das atividades mais complexas às mais corriqueiras. Também acredita que outro pilar importante para tais transformações é a reconexão com a natureza, assim como o resgate de culturas ancestrais somando com o despontar tecnológico que vivemos hoje.

Musicalização infantil

A proposta consiste em despertar a musicalidade nas crianças e nos pais, através do corpo, da construção dos próprios instrumentos e da interação mais ingênua, naif, natural e original com os instrumentos criados.

Com isso resgatamos princípios ancestrais da Música, tendo como norte as perguntas quando e para que se fazia Música? Existia música na natureza antes de surgir o homen? Chegando até à, questão o que é Música e para que serve?

Coloca-se em pauta também questões como o consumo e o descarte na vida contemporânea afim de quebrar paradigmas sociais de uma maneira lúdica mostrando que a imaginação é a base para soluções geniais e para a liberdade com responsabilidade. Isso porque os instrumentos são confeccionados a partir de objetos e materiais encontrados no descarte e de baixo custo.

Trabalhar questões motoras de habilidades construtivas, despertar e treinar a percepção auditiva, resgatar conhecimentos ancestrais e somá-los aos conhecimentos contemporâneos, tocar instrumentos não convencionais variados, tocar instrumentos em grupo. Fazer uma apresentação de composição própria dos participantes.

A primeira parte da vivência é voltada à conversas e teorias, o restante é dedicado à prática de construção, relação com os instrumentos, composição e musicalização propriamente dita. Esses encontros podem acontecer tanto no período após aula ou nos finais de semana. Nos dois (2) primeiros encontros o foco é descobrir a sonoridade do próprio corpo em dinâmica de grupo, e objetos que por si só são instrumentos, apenas aplicando a resignificação desses objetos, isso para equalizar os participantes a perceber o próprio som e esse fazendo parte do som coletivo. Estratégias para construir os instrumentos também são abordadas desde o principio já que é necessário aguçar o olhar dos participantes para a caça aos materiais que compões os instrumentos.

Nos encontros seguintes os participantes devem trazer materiais e objetos encontrados em suas vidas cotidianas para a confecção dos instrumentos. O proponente também trará materiais, às vezes já beneficiados e preparados para determinados instrumentos. Em todas as vivências a dinâmica de música em grupo será trabalhada. Conforme o surgimento dos instrumentos, esses são incorporados à orchestra.

A complexidade dos instrumentos guia a qual idade serão direcionados tanto a confecção como o tocar. O proponente e os pais se incumbem de tarefas que possuam algum risco, como o uso de serra e outras ferramentas mais específicas.

Algumas peças como tarráchas ou pontes de violão, por exemplo, podem ser compradas pelos participantes, afim de garantir uma melhor qualidade e durabilidade dos instrumentos. Mas a idéia é gerar soluções de baixo custo para superar qualquer dificuldade que possa aparecer!

Os participantes serão organizados em duplas para construir os instrumentos, isso para incentivar a cooperação. E ao longo do curso a idéia é existir um instrumento, no mínimo, para cada participante. Os instrumentos podem ser levados para casa ou permanecer na escola. Esse quesito esta em aberto para a melhor decisão.

O proponente levará o que possui de ferramentas (elétricas / não elétricas) e conta também com as ferramentas que a escola já possui.